domingo, 8 de dezembro de 2013

um domingo banal

Melhor que escrever é escrever com um propósito. Pois que se pudesse dizer que o faço, como algo que facilmente me despertasse prazer, di-lo-ia. Assim como não posso, limito-me à insignificante presença que o meu limitado pesar ocupa aqui e ali, passando despercebido tanto quanto uma figura escura mo permite.
Perpetuo o que é fácil perpetuar - marcas, falhas e farpas por onde estou a passar - mas nada que valha a pena nomear, como toda a gente (ou quase, se encontrar alguma réstia de optimismo). Não creio que haja lembrança possível de todas as banalidades que produzo, seja o riso em alguém ou a fúria noutro, pois emoções como essas - fortes ou nem tanto - são o pão nosso de cada dia para todas as pessoas, todos os dias. Com tudo isto quero chegar ao meu ponto de vista, aquele tão retorcido gnomo de que ninguém ouve falar ao tempo,
Tantas divagações haviam de levar-me para longe do que queria dizer, como de costume, julgo, porém, que aprendi a desembelezar o que fazia, de modo a ser conciso e mais interessante, em vez de disperso e pseudo-intelectual.
Eis que a lado nenhum queria chegar, já que por muito que diga e por muito que faça, irei sempre retomar a uma posição sedentária a olhar uma luz cada vez menos clara e cada vez menos cativante, como tudo o que rodeia os meus movimentos lentos, ledos e inseguros.

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