terça-feira, 31 de maio de 2011

Read the bible? Yes, in hell, I'll read it

Venho escrever um pouco desamparado, como já tem sido hábito. Sinto inspiração dentro de mim, é verdade que sinto, mas simplesmente não a tenho conseguido aplicar devidamente. Honestamente, tenho utilizado toda esta inspiração para o "mal", por assim dizer. Não é mal de operações terroristas nem qualquer coisa que se pareça a isso, mas nada de coisas boas, como escrever. Escrever tem-se tornado um vício, como tantos outros que existem na nossa vida. Podemos dar uma definição concreta a essa palavra? «vício»? O que és tu? A meu ver, és uma coisa à qual as pessoas se apegam de tal forma que nunca mais ou dificilmente a conseguirão largar. É algo um pouco abstracto, embora tenha facilmente encontrado uma definição. Ao longo das semanas, utilizamos a palavra 'vício' muitas vezes em vão. Faz-me lembrar de um dos mandamentos, aquele que diz "Não usarás o nome de Deus em vão", não é assim? Não se pode ligar à minha tremenda ignorância no que toca a coisas bíblicas, corrijam-me então se estiver errado. Mas continuando, utilizamos a palavra vício em vão, mas como? Passo a explicar. Utilizamo-la como que um olá, ou até mesmo mais vezes que isso, pois temos grande tendência a exagerar nos tempos que correm. Mas será que tudo o que repetimos se torna um vício, após algum tempo? Ou apenas se torna uma rotina? Será que as rotinas são vícios? Será que os vícios são rotinados? Voltei a perder-me no meio destas perguntas, não o evito, mesmo que tente. A verdadeira questão é a dos nossos exageros do quotidiano. Será que seremos diferentes se quebrarmos a rotina, uma vez que seja? Não sei, talvez isso aconteça mesmo. Talvez fiquemos diferentes por não fazermos um dos nossos "rituais habituais", talvez sintamos falta de alguma coisa, talvez sintamos que algo ficou por fazer, enfim, tantos talvez. E, no fim de contas, o meu texto apenas se resume a um ENORME "talvez", a um ENORME "não sei". Mas continuo a escrever e a procurar respostas para esta infinidade de perguntas, e uma coisa garanto: desistir, nunca.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Let's confuse some more. Or should we simplify, just like the old days?

Tenho tentado escrever, têm-me dado vontades súbitas de o fazer, mas depois chego aqui e nada sai como estava a idealizar. Ando com falta de inspiração, com falta de alguns apoios, com falta de muita coisa. Mas eu não cesso, não me detêm de uma ou outra forma, a vida afinal não pode ser esquecer tudo. Exacto, nada conseguimos esquecer. Então, porque será que não nos lembramos dos nossos tempos de infância? Porque será que as nossas memórias estão fragmentadas? Por que razão temos diferentes tipos de zonas de armazenamento da nossa memória? Será que o cérebro selecciona algumas, automaticamente, para esquecer ou lembrar mais tarde e outras para termos connosco na memória? Estive a ver umas fotografias, apenas fotografias. Mas reparei que o que mais sobressaía era um sorriso de orelha a orelha. Sim, eram fotografias antigas, antigas ou apenas de um passado mais recente, mas passado, como é óbvio. Mas quererá isto dizer que, à medida que vamos crescendo, ultrapassando fases, vamos perdendo felicidade? Ou terá aquilo apenas sido momentâneo? Será que aquele sorriso durava dias inteiros? Será que aquele sorriso era efectivamente sentido ? Ou apenas mais um dos tantos forçados, para o "passarinho!"? Não consigo compreender as nossas ligações perdidas com o passado. Ou talvez ligações um pouco perturbadas. Não consigo entender muitas das acções que temos nos dias de hoje, nesta idade complicada. Não compreendo muitas coisas que me são ditas, que são ditas por mim, que oiço dizer por aí. É um grande mar de confusão, conspirações e outras coisas. Confusão é vida e a vida é uma grande confusão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Well, show me the manual then.

Juro que soubesse escrever poesia, o faria agora mesmo. Tenho vários fragmentos de ideias, talvez pudesse tentar escrever um poema, eventualmente é claro. Mas nada é claro nos dias que correm. Tudo é visto com nevoeiro, tudo está turvo, tudo está... enfim, pouco visível. Já tentei comprar desembaciadores, já usei panos, já usei vidros anti-reflexo, já usei de tudo, mas nada parece limpar esta janela à qual chamamos vida. Sim, porque ela é mesmo feita destas coisas, tanto vidros embaciados como vidros partidos, até mesmo falta de janela para olhar. Não sei, é mesmo natural isto acontecer. Mas e se não acontecesse? Como seria se nada tivessemos na vida a não ser facilidades e janelas abertas? Isso não seria vida, isso seria um jogo de vídeo qualquer, onde basta ir ver o vídeo no Youtube para sabermos ultrapassar uma possível dificuldade que nos apareça. Não compreendo, a vida tem ou não um Manual? Mas com Manual refiro-me a sugestões de desenvencelhamento de certas situações, e não respostas, soluções. E pronto, acabei de ter um bloqueio, posso divagar um pouco, mas penso que não sairei muito destes assuntos.. Tudo está confuso, não vale muito a pena pensar em assuntos concretos. Há algo que não me sai da cabeça, mas aí é que está o problema, não me vem para a frente dos olhos, logo, não consigo identificar o que é. Parece que o outro texto que fiz agora me deu ainda maior vontade de escrever. Aqui estavas tu em repouso, pensando que nunca mais te iria pegar, mas enganaste-te amigo. Eu estou aqui, estou a escrever-te em cima, sem querendo muito saber do que foi escrito por mim anteriormente. Mas fui vendo algumas palavras-chave, à medida que trocava de janelas no computador. Lembrei-me então de escrever sobre o manual da vida, outra vez, sim. Não me importo de ser repetitivo, o que me interessa é que faço o que quero, o que me apetece. O manual da vida é algo ainda muito confuso, não sei o que é. Sinceramente, nem sei se o manual da vida existe realmente, mas admito vivamente que este me faz muita falta, de vez em quando.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

It's raining me

Bem, sinceramente não sei no que isto vai dar, estou a escrever talvez um pouco forçado. Forçado por mim mesmo, mas não interessa, é forçado. Devido ao temporal a que assisti hoje, decidi escrever sobre chuva, buracos, poças, enfim, toda a devastação que tem que ver com este fenómeno da chuva.
A nossa vida é exactamente como um dia, como um mês, ou mesmo como um ano. Há alturas em que estamos solarengos, com muito calor, com um bronze espectacular, estamos despreocupados... Há outras alturas em que nos sentimos em baixo, chuvosos... Há ainda outros tempos em que estamos de trovoada, não queremos falar com ninguém, simplesmente queremos que nos deixem passar, ouvindo-nos, tendo também algum medo de nós. Mas não é isso que interessa, o que realmente importa são os buracos que vamos fazendo com estes estados meteorológicos, sim, há-de haver sempre alguns estragos, talvez umas tampas de esgoto levantadas, talvez apenas um buraquinho no alcatrão, mas o que interessa é que algumas coisas vão mudando à medida que passamos. Alguns objectos (e com objectos aqui refiro-me a pessoas, obviamente), são arrastados connosco, talvez nunca parem, talvez apenas parem quando a chuva passar, talvez fiquem connosco apenas nas nossas vagas de calor, talvez nos acompanhem em todos os nossos climas, participando em todos os estragos que vamos provocando. Não sei, não sei mesmo. É algo que vou tentar descobrir à medida que avançar na vida, será que alguém é efectivamente para sempre? Não faço ideia. De momento, creio mesmo que não. O sempre é, afinal de contas, algo um tanto curioso. Ninguém sabe ao certo o significado dessa palavra, eu apenas sei que é uma duração longa, talvez até uma duração ilimitada, ou pelo menos desconhecida... Afinal acabei por escrever sobre estados meteorológicos e pessoas, contradizendo o que escrevi inicialmente...
Retomando.. É algo difícil de prever, apenas tento acreditar que a tempestade irá passar e que tudo irá ficar como antes: dias de sol, calor e despreocupação.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Reality, entertainment

Ontem tentei escrever, e escrevi. Cheguei mesmo a publicar um texto. Não gostei muito do texto, então apaguei esse texto. Apesar de várias ideias que tive, nenhuma concretizei. Talvez por falta de imaginação, talvez por falta de atenção, talvez por falta de paciência, não sei, mas foi por falta de algo, de certeza. Ando com certas dificuldades em escrever, já é raro um texto me sair tão fluído e com qualidade como antes. Não sei o que se passa, não sei o que fiz, não sei sequer se algo se passa, apenas não sei, o que sei é que os textos já não vêm como antes, falo mais de quantidade, até. Mas enfim, passo então a outro tema. Falo de imaginação hoje. Sim, a minha imaginação é a única que está sempre comigo, apesar de por vezes eu pensar que ela me abandona à mercê de outras qualidades estranhas do interior do meu cérebro. Sim, quando estou com a imaginação no ponto não há ninguém que me agarre, não há quem me pare, simplesmente, sou livre de fazer o que quiser, ninguém me diz se posso, não me tenho de justificar a ninguém. É nestas alturas em que penso que o mundo é perfeito, penso que o mundo é meu e eu mando em tudo. Mas tudo acaba numa questão de segundos, começo a pensar, começa a intervir a consciência, como que instantaneamente. E aí, tudo o que estava a imaginar vai por água a abaixo, ou neste caso, cérebro abaixo. O mundo não é perfeito, nem o mundo nem ninguém, o mundo não pode ser meu, tenho de justificar-me a muita gente. Na verdade, não quero saber muito disto. A minha imaginação comanda-me, basicamente. Por isso há alguns erros cometidos, essencialmente quando julgo que ninguém tem mão sobre mim, talvez pense que sou o Super-Homem, talvez pense que sou um super-herói completamente novo, se a imaginação o permitir. Não sei, apenas sei que quando imagino sou livre e de nada quero saber. E agora é melhor regressar à realidade, a minha mente perturbada não me permite escrever mais... mais sobre isto, quero eu dizer. Então volto à realidade, apenas posso dizer que mal não há em fazê-lo, mas bem também não haverá de certeza.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dry Cleaning

Bem, hoje parece-me um bom dia para escrever por aqui. Sim, é um pouco cedo, eu sei, mas não há problema. Sinceramente, não sei por que ponta pegar, há tanta coisa a passar-se... Esta semana teve tapetes sujos, tanto metaforicamente como literalmente. Não sei ao certo o significado metafórico desta expressão que acabo de utilizar, apenas sei que sugere uma bela de uma trapalhada. Tento expressar-me sem dar muito nas vistas. Tento expressar-me para poucas pessoas, sim, apenas me expresso para pessoas que sei que me vão compreender, ou que pelo menos tentarão. Talvez possa ser acusado de ser cobarde... Não tenho dito muito do que se passa cara a cara. Apenas tenho utilizado estes modos de comunicação à distância... Não sei se cobarde é o mais correcto, pois o que eu quero fazer é desabafar pessoalmente, mas apenas não consigo dado que aparece sempre alguém a intrometer-se em conversas destas. Penso que apenas estou a zelar para que não se saibam segredos meus, sim, até porque todos os temos. Apesar de tudo, tento manter uma postura correcta, calo-me quando é necessário, e até quando não é, mas isso não interessa. Há sempre a necessidade de fazer algo na altura certa, de dizer algo no momento certo, de chegar na "hora H", ou seja, é a necessidade de se ser perfeito no que se faz, embora todos saibamos que isso é impossível. Sim, perfeição é mais uma palavra que não consigo entender, não consigo atribuir-lhe um significado que me seja credível. Talvez não acredite que a perfeição exista, sim, julgo que é isso mesmo. Tento chegar para tudo. Tento fazer tudo. Mas não sou o Super-Homem, aliás, muitas das coisas a que me proponho não as cumpro. Apenas não desiludo ninguém com promessas falsas, só me desiludo a mim com coisas que tento fazer e não consigo. Sempre me ensinaram a não desistir, a persistir o máximo que conseguir.. e quando deixo de o conseguir fazer? Quando apenas penso em desistir e nada mais? O que faço aí? Persisto na ideia de sair desse sítio de desistência? Sim e depois? Arranjo novos objectivos? E se os falhar de novo? Ficarei preso. Isto são voltas de 36oº, podem demorar a dar-se, mas a verdade é que acontecem constantemente. Pelos visto agarrei no tapete com as duas mãos e sacudi-o bem, será que demora a estar limpo?