domingo, 29 de dezembro de 2013

ouvi gritar na rua

Fanatismos barulhentos
Onde se tomam abrigos
Por refúgios que se alongam
Nas horas, nos dias,
Em coisas de exclusiva criação humana..
(Alguém berra na rua.)
Muitos passam por milhentos,
Parafraseando pressupostos amigos,
Que seriam, pelo ladrar de um cão,
Substituídos. Que farias?
Que farias sozinho numa cabana?
(Já ninguém berra na rua.)
O refúgio será uma coisa tua:
A sanidade -
Ou a falta dela.
Não conhecendo nada mais,
Senão quatro paredes que não abrigam.
(Quem te dera que berrassem na rua.)
Mas ninguém grita. Não, na rua não berram.
Porque, na verdade -
Lucidez? E que é feito dela? -
Te isolaste dos demais
Porque não te diziam pão
(O que é berrar na rua?)
Nem to davam,
Se assim o pedisses.
Não passam de infelizes,
Mas tu também não.

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