Tem-me dado para escrever no futuro. Talvez isto queira dizer que o passado já nada ou pouco me interessa. Quer dizer, ele interessa, lá no cantinho dele. Mas nos tempos que correm damos-lhe muita importância. Penso que o facto de o conseguirmos ignorar nos proporcionará uma vida melhor, tanto no presente como naquele sujeito desconhecido a quem chamamos futuro. Desconhecido? Não é bem. É mais indefinido. Sim, isso mesmo, indefinido. Até se conhece o futuro, ainda que pouco pormenorizadamente. Neste mundo tudo é relativo: nada conhecemos concretamente, até ao último pormenor; nada analisamos com real atenção; de nada queremos mesmo saber. Enfim, o nosso mundo consiste numa enorme bola de "nadas", tal como muitas das vidas dos que nos rodeiam, ou até mesmo das nossas. Nada podemos fazer para alterar estes pequenos pormenores, estes detalhes que ao olhar dos de fora parecem completamente insignificantes, estes (...) que não interessam a ninguém ao não ser aos donos dos mesmos. É algo curioso, aliás, tudo neste mundo é curioso, pelo menos para mim. É-me impossível compreender certas coisas, como tenho dito ulitmamente.
Bem, adiante, como sempre. Vadiar no passado nunca deu resultado, este é muito atribulado, é difícil passar noites ao relento lá.