sábado, 28 de dezembro de 2013

o descampado do sonho mal dormido

Olhei para cima,
Reparei que as nuvens se sobrepunham,
Sorri,
Pois vi nelas semelhanças:
Quer nas formas,
Quer nas cores.
A cor do céu com elas rima,
Não esperando nada senão emoção
De quem nada pode fazer por si.
Poços de esperanças,
Que raramente calcam as bordas,
Retidos por todos os dissabores
Trazidos por um vento
Que teima em aparecer indesejavelamente.
Uma brisa que destrói criações
E leva daqui corações...
Esses que só se aguentam no Verão.
Tudo o que é meu eu invento
E o que não é eu encontro na mente,
Como demente que sou, foliões.
Não preciso de pesares nem perdões,
O meu amor não é de meia estação.

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