sábado, 20 de outubro de 2012

Nostalgia can get you killed *ironic laughs*

E quando cais na monotonia de um momento, dia, estado espírito? Aliás, quando o teu estado de espírito é tão monótono que perdes qualquer possibilidade de resposta a seja o que for? Aí, nada resta a fazer senão esperar, preso num momento infindável. Começas a sentir-te inundado pela penumbra e uma sensação de solidão apesar de, ironicamente, estares rodeado de pessoas. Se pudesse retratar esta situação, seria com um enorme espaço preto com uma janela para o mundo. Porém e, novamente de forma irónica, não consegues utilizá-la para te escapares ao incomodativo silêncio do sentido, só te ouves a ti e até a tua própria voz te parece não estar em contacto com o teu cérebro. Enlouqueces. Não de forma óbvia nem exteriormente, mas como uma loucura silenciosa que te corrói por dentro, devagarinho, como se de uma aranha a tecer a sua teia aos poucos se tratasse. Nessa teia, és convidado e o anfitrião imobilizou-te naquele momento glaciarmente gelado. Insistindo ainda na analogia da teia e da aranha, debater-te-ás como um insecto em pânico.. e de nada vai adiantar. Ou, com muita sorte, a aranha te deixa tornar à tua vida ou és simplesmente engolido. A única diferença entre estas duas realidades é que na da aranha tudo acaba rápido ..
Dizem que a vida é feita (repleta) de momentos, não é? Pergunto-me, embora isto seja uma afirmação dita por uma "massividade" de pessoas, se será mesmo verdade... Os momentos sem vida contam como esses momentos fenomenais dos quais ouvimos falar, vezes e vezes sem conta? Pois assumo que não. Nunca na minha (ainda curta) vida reparei em referência a algum tipo de paragem numa solidão inultrapassável. Talvez me aconteça só a mim, quem sabe..?