domingo, 3 de novembro de 2013

o desconforto (re)partido

Vejo, agora, o que eras;
O que não vi.
E custou-me o mundo...
A miopia tem muito que se lhe diga.
Já me deixei cair às feras
Pois, sem ti,
Fui de encontro ao desapreço imundo
Por mim, por tudo - e olha que fadiga -,
Pelo pulsar. Sinto que te esperas,
Enquanto recordo o que perdi
E olho para o fundo
De um poço, ou de uma formiga,
Que importa, se por mim não esperas?
Sem dúvida, caí.
E, no escuro profundo,
Não te vi eu, rapariga.
Desculpa as guerras,
O desapego aqui e ali,
E aquele choro em que abundo
Por te ter deixado sem vida,
Ainda que por momentos.

Sem comentários:

Enviar um comentário