sábado, 5 de abril de 2014

pouco perpétuo

A vida é um fungo, mas a morte também;
Não passamos de Natureza
Morta ou para matar.
Destruidores de lares
Pouco propositados,
Que divagam por todo o lado,
Pois todo o lado é nenhum.
Não somos nada por aí além,
Rogamos frieza
Nos arranjos que deixamos acumular,
Por perpetuarmos crença em altares;
Religiosidades de homens quadrados.
Queremos bons bocados,
Mas a estes não dedicamos tempo algum -
Porque não passamos de canalhas,
Bestas insensíveis,
Monstros de tropeções
Que roçam a má educação.
"Cuidado com o tronco onde talhas
O teu nome e o dos incríveis!..
Bastam uns borrões
Para dar à história um caixão."
Insensibilidade que transborda dos cortes -
Machadadas numa alma de remendos -
Só mostram o que já não há para ver,
Deixando a perplexidade do complexo
No ar, que penetra mentes.
Mentes, fracas, fortes.
Mentes.
Mentimos ao declínio do nosso ser,
Perdemos o nosso reflexo.
Como a Natureza se perde no resto.

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