Um humor
Num par de andas:
Uma mais alta que outra:
Renega os desapreços,
Os desapegos e os crimes da alma
Para poços e esconderijos.
Altivamente, um sorriso de calor,
Brisas que o trazem, brandas;
A nossa personalidade é pérola em ostra.
[Decaímos para a outra anda]
Um pavor,
Atiramo-nos pelas varandas -
Nas nossas mãos não se vê a palma -
Os dedos esmorecem, nem se sentem rijos.
Constante o desamor
E os enganos entre pernas bambas,
Levam-nos a coçar a crosta,
A rebentar a ferida,
A cair de costas.
Não temos humor,
E já pouco amor à vida.
Nem contra o que podes ripostas,
Desistimos do nosso fulgor.
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