quarta-feira, 16 de outubro de 2013

à conversa com

- Antecipei-me, amigo.
- Em boa hora chegas, que me sinto aborrecido.
- Que te atrasa o pensamento?
- A vida.. teimo entorpecer-me bebendo.
- Sentes-te melhor ao beber?
- Alivia-me, creio. E assim me junto à sociedade, ao degredo.
- Ahhh, havias tu de fazer parte de algo. Somos renegados, párias.
- E daí porque havemos de não aspirar a um disfarce?
- Conseguindo uma integração, mais rápido uma metade de nós quer matar-se.
- Levas-me ao suicídio?
- Não te levo a nenhum lado. Mesmo assim... para lá caminhas, copo a copo.
- Falseias-me assim o pensamento, raposa?
- Não não, a tua mente é que pouco repousa.
- O descanso nem me é forte nem tampouco fraco. É-me nada.
- Deterioras-te dentro de um bar escuro, que tal fazeres-te à estrada?
- Por'í fora pouco há que me encante.
- Hm, decerto encontrarás alguém relevante.
- Para interessante tenho batalhas forjadas na minha cabeça.
- Porquê cingires-te à mente, esse mar de álcool... nada que te favoreça.
- A questão será "porque não?"
- Agora me apanhas em falso a mim...

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