Hoje sinto-me algo desamparado . Não é algo novo , até porque vem já de alguns dias para trás . Sinto que a qualquer momento , aleatório ou não , posso cair sem possibilidade alguma de me agarrar . Sim , exactamente como se caísse num buraco enorme e não ver , pela tensão do momento ou pela inexistência de , alguma raíz ou rocha que estivesse ao meu alcance . Começo então a pensar o porquê de aquele buraco ter aparecido ali , naquele momento . Talvez tenham ocorrido mudanças que deterioram a terra por baixo , de modo a fazê-la ceder aos poucos , devagarinho . A verdade é que estes agentes vão tendo a sua eficácia verificada com o passar do tempo . Talvez aquelas terras necessitem de mais raízes de árvores próximas para se aguentarem intactas , ou só perto disso , durante mais tempo . E , no fim de contas , muito ou mesmo tudo se resume ao tempo , aproveitado ou desperdiçado . Sim , este é um dos agentes corrosivos ou fortificantes de uma metáfora um tanto rebuscada para exprimir um estado de espírito distante . Distante ? Sim , da superfície e do balanço . O que quero realmente dizer é que tudo pode acabar num buraco . Mas , com alguma sorte , de um falso fim pode nascer um verdadeiro início , início esse que levará quem caiu de volta à superfície do buraco sem retorno ( a "buraco sem retorno" chamar-lhe- ei de suposição momentânea ) . A vida não dá voltas de 360 graus porque é simplesmente estúpido dizê-lo ; é capaz de dar de 180 e tudo ficar do avesso ; mas é também capaz de dar voltas de mais de 180 e menos de 360 , levando a que nós tenhamos de andar um pouco mais para atingirmos o ponto desejado .
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Damn , fell again ... Oh well , best way to be happy is to keep walking forward , or in this particular case , walking up
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