Nestes tempos, vêm-nos várias defesas à cabeça. O cinismo é a minha favorita. E porquê? Bem, é algo um pouco confuso de explicar, como tantas outras coisas que provêm da minha imaginação e vontade. Pois, é então um mecanismo de defesa automatizado na minha pessoa. É discreto e extremamente eficaz, não deixando trespassar qualquer tipo de sentimento a não ser raiva e desdém. Desta forma, evito perguntas desnecessárias e pertinentes como as óbvias e usuais que não vou referir. Tento também assim não chatear ninguém com mais do que o meu sentido de humor um pouco negro e obscuro.
Oiço críticas a isto e aquilo, oiço insultos vindos de todos e dirigidos a outros tantos. Maior parte das vezes e dos dias, rio-me do que dizem e continuo a andar. Em dias como o de hoje, é-me extremamente difícil ignorar as injustiças cometidas por outros em prole de si próprios. Sendo assim, tento não as ver. Poderá isto ser chamado de uma certa cobardia? Pois bem , acho que sim. Sim, pode mesmo. E pode dado que evito passar por certas coisas para não ter de as enfrentar de frente, apenas para não ser atingido pelos fragmentos que vêm a alta velocidade na minha direcção.
Há buraquinhos que trazem paz, tais como o meu;
há buraquinhos que trazem tudo o que é mau ao de cima, fazendo assim como que uma pessoa normal se torne bastante socialmente inaceitável;
e há... não vale a pena falar de mais buraquinhos e refúgios, até porque apenas nos protegem durante um período indeterminado de tempo.
O melhor que podemos fazer é enfrentar o que nos é atirado e parar tudo da melhor forma que soubermos.
Sem comentários:
Enviar um comentário