segunda-feira, 23 de maio de 2011

Let's confuse some more. Or should we simplify, just like the old days?

Tenho tentado escrever, têm-me dado vontades súbitas de o fazer, mas depois chego aqui e nada sai como estava a idealizar. Ando com falta de inspiração, com falta de alguns apoios, com falta de muita coisa. Mas eu não cesso, não me detêm de uma ou outra forma, a vida afinal não pode ser esquecer tudo. Exacto, nada conseguimos esquecer. Então, porque será que não nos lembramos dos nossos tempos de infância? Porque será que as nossas memórias estão fragmentadas? Por que razão temos diferentes tipos de zonas de armazenamento da nossa memória? Será que o cérebro selecciona algumas, automaticamente, para esquecer ou lembrar mais tarde e outras para termos connosco na memória? Estive a ver umas fotografias, apenas fotografias. Mas reparei que o que mais sobressaía era um sorriso de orelha a orelha. Sim, eram fotografias antigas, antigas ou apenas de um passado mais recente, mas passado, como é óbvio. Mas quererá isto dizer que, à medida que vamos crescendo, ultrapassando fases, vamos perdendo felicidade? Ou terá aquilo apenas sido momentâneo? Será que aquele sorriso durava dias inteiros? Será que aquele sorriso era efectivamente sentido ? Ou apenas mais um dos tantos forçados, para o "passarinho!"? Não consigo compreender as nossas ligações perdidas com o passado. Ou talvez ligações um pouco perturbadas. Não consigo entender muitas das acções que temos nos dias de hoje, nesta idade complicada. Não compreendo muitas coisas que me são ditas, que são ditas por mim, que oiço dizer por aí. É um grande mar de confusão, conspirações e outras coisas. Confusão é vida e a vida é uma grande confusão.

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