O simples e único facto de se poder caminhar em frente e deixar alguma coisa cair, torna toda uma história fácil de ser mudada por alguém que a desconheça, sendo assim então um completo estranho com algo a mostrar, a provar. No momento em que esse estranho decidir ter alguma acção que permita, à pessoa em questão, identificá-lo por uma razão, passa quase que automaticamente a fazer parte de uma das realidades paralelas em cima referidas.
Eventualmente irá ocupar um lugar que outrora fora de um outro alguém, sendo inevitável que esse outro alguém seja substituído quase completamente.
Não é impossível resistir a uma uma troca, a uma substituição desta magnitude, mas nada é impossível, afinal de contas. Há coisas que são simplesmente disparadas contra nós quando menos esperamos, fazendo assim que estejamos completamente desprevenidos e apanhemos o dito tiro. Não conseguimos andar de colete à prova de bala para sempre, não nos podemos esconder para sempre. Na verdade, acho que é rara a aplicação do "sempre" que é correcta. Somos pouco terra-a-terra, hoje em dia. Conseguimos exagerar bastante no que dizemos uns aos outros, mas não que seja por mal, nada disso. Apenas porque estamos alucinados com algo, com a beleza da nossa idade, talvez.
Talvez não deva ser só a inspiração a vir em garrafas, talvez tudo o que pode ir e vir em pouco tempo devesse vir em garrafinhas, daquelas pequenas e às quais ninguém dá muita importância.
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