terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

a pangeia dos idiotas

Tudo era agitação harmoniosa;
Tudo era mar;
Tudo era traiçoeiro -
Mas não conhecia o medo.
Tudo era um mar de nada.
Ah, súbita estupidez impiedosa
Que me turva o acto que é pensar
E me deixa a mente sem paradeiro -
Pelo menos, conhecido.
(...)
Idiota destemido
De inteligência ao peito
(No peito nem tanto)
Porque não perdeu - ainda - a cabeça.
Quem me dera ter ido
Onde ninguém vai (bom proveito).
Estafado, reponho o defeito
De não ter defesa,
À deriva num mar de nada.

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